Questionada sobre os motivos que levaram à desistência de tocar um dos trechos da obra de transposição do São Francisco, a construtora Camargo Corrêa se limitou a dizer, por meio de nota, que estava impossibilitada de executar o trabalho. Segundo a nota, a empresa venceu a licitação em maio do ano passado para executar o lote 9 por apresentar a melhor proposta. O preço cobrado, diz, estava '12% abaixo do previsto no orçamento básico constante no edital'. Em abril deste ano, a Camargo Corrêa foi chamada para assinatura do contrato, 'condicionada pelo TCU [Tribunal de Contas da União] a um desconto de mais 7%'. 'Após 120 dias, havendo a impossibilidade de se iniciar os serviços, a Camargo Corrêa se utilizou da prerrogativa, prevista na Lei de Licitações (8666/93), de solicitar a rescisão do contrato'. A empresa não deixou claro, porém, quais os motivos que a impossibilitaram de assumir a obra. Segundo a assessoria da construtora, no entanto, tudo foi feito de acordo com a legislação e dentro dos prazos previstos, que permitem a desistência de uma das partes. Por isso, a Camargo Corrêa está discutindo administrativamente a aplicação da multa e apreensão das garantias. O projeto prevê a construção de 720 km de canais para levar a água do rio à região do semi-árido dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
Da Folha Online
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