A Prefeitura de Belo Horizonte pretende transformar a profissão de fotógrafo “lambe-lambe” em patrimônio cultural. Com as novas tecnologias e a chegada das máquinas fotográficas digitais, o trabalho destes profissionais no Parque Municipal da capital mineira diminuiu bastante. A medida da prefeitura visa impedir que o ofício seja extinto. Quem visita o parque municipal sem uma máquina fotográfica e quer registrar os bons momentos do passeio pode contar com os serviços de um dos nove lambe-lambes. Estes fotógrafos antigos usavam máquinas com foco manual e a imagem vista era invertida. Eram “bons tempos”, de acordo com o fotógrafo Francisco Xavier. “Hoje tem os celulares, que fotografam, então, o movimento caiu muito. Hoje nós trabalhamos apenas para nossa sobrevivência”, diz Xavier. Para evitar que esta tradição se perca, a prefeitura de Belo Horizonte quer transformá-los em patrimônio cultural. A intenção “é preservar a história dos lambe-lambes em relação à história de Belo Horizonte e ao mesmo tempo fazer com que este ofício se mantenha vivo na história da cidade”, diz Michele Arroyo, diretora da Fundação Municipal de Cultura. O projeto ainda está sendo analisado. Enquanto isto, os lambe-lambe continuam firmes no parque municipal, registrando bons momentos da vida dos outros. “A coisa que me deixa mais feliz é fazer uma foto e a pessoa falar ‘nossa, que bacana, como eu fiquei bem’”, diz o fotógrafo Wagner da Silva.
Do Portal G1
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