segunda-feira, 13 de abril de 2009

Inadimplência do consumidor cresceu 11,4% no trimestre, diz Serasa

O número de brasileiros com as contas atrasadas está crescendo. No primeiro trimestre do ano, a inadimplência dos consumidores cresceu 11,4%, segundo pesquisa da Serasa Experian divulgada nesta segunda-feira (13). Só em março, a inadimplência cresceu 22,6% em relação a fevereiro.
As dívidas com os bancos somaram 43,4% do total, liderando o ranking de representatividade da inadimplência dos consumidores nos três primeiros meses de 2009. Em seguida, ficaram as dívidas com cartões de crédito e financeiras, com 37,1% do total no acumulado de janeiro a março deste ano. Os cheques sem fundo aparecem em terceiro lugar: 17,6% do total das dívidas no primeiro trimestre foram feitas dessa forma. Já os títulos protestados representaram 1,9% do total da inadimplência dos consumidores, com 1,9% de participação no primeiro trimestre.
Valor. Segundo a Serasa Experian, o valor médio das dívidas com cartões de crédito e financeiras foi de R$ 386,86 no período de janeiro a março, o que representa um recuo de 13,3% na comparação com o primeiro trimestre de 2008. Já o valor médio das dívidas com bancos foi de R$ 1.357,47 no primeiro trimestre do ano, equivalente a uma queda de 1,5% na mesma base de comparação. Por outro lado, o valor médio dos títulos protestados aumentou 11,9% no primeiro trimestre de 2009 ante o mesmo trimestre de 2008 para R$ 1.036,23. Da mesma forma, o valor médio dos cheques sem fundo cresceu 31,2% na mesma base de comparação para R$ 828,70 nos três primeiros meses de 2009. Os técnicos da Serasa Experian atribuíram o avanço da inadimplência da pessoa física à redução do nível de atividade econômica e ao desemprego localizado em alguns setores. Segundo o levantamento, as comparações com os períodos equivalentes do ano passado - quando a economia estava a pleno vapor - tornaram os resultados mais significativos. Já a alta na comparação entre março e fevereiro foi explicada parcialmente pelos técnicos da Serasa Experian a um efeito calendário, já que fevereiro teve um número de dias úteis inferior ao de março. "De qualquer forma, os primeiros três meses do ano são mais críticos para as finanças pessoais, agora agravadas com a crise. O nível atual da inadimplência deve ser monitorado, pois inadimplência em alta é sinônimo de juros mais altos", afirmaram.

G1

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