“Decisão judicial não se discute. Cumpre-se”. Essa foi a declaração do presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa (PDT), sobre a súmula vinculante estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para coibir o nepotismo nos três poderes. “Só tomei conhecimento de forma superficial, através da Imprensa. Não se sabe ainda até que grau vai. Alguns cargos políticos, por exemplo, estariam isentos. Mas não especificam quais cargos. Mas na hora que disserem que é para tirar, eu vou tirar. Vou me indispor com o Supremo? Não tem sentido”, argumentou. Ainda de acordo com o parlamentar, nenhum dos pares teria mais de “três parentes” alocados em seus gabinetes. Líder do governo na Assembléia, o petista Isaltino Nascimento endossou a avaliação de Uchoa e garantiu que os parlamentares pernambucanos não vão se indispor com o STF. Augusto Coutinho (DEM) avalia que a exoneração dos parentes não trará prejuízos ao funcionamento do Legislativo estadual. O deputado terá que demitir uma irmã que trabalha para ele desde a época em que o democrata era vereador do Recife. Já tucana Terezinha Nunes - que promoveu seleção pública para contratação de três funcionários, quando assumiu o mandato - comemorou o fim do nepotismo. “Respeito os deputados que contratam parentes, mas sou contra essa postura”, declarou Terezinha. “É uma situação complicada. Muitas vezes é a própria família que pressiona os deputados a realizarem as contratações, e eles acabam cedendo”, lamentou a parlamentar.
Da Folha de Pernambuco
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
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