O Tribunal de Contas da União encontrou novos indícios de fraude na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Relatório aprovado nesta quarta indica que o superfaturamento na obra já chega a R$ 94 milhões. Isso representa um aumento de quase 60% em relação ao excedente de R$ 59 milhões estimado em dezembro. O TCU determinou que a Petrobras mantenha a suspensão de repasses às empreiteiras que executam o projeto, orçado em mais de R$ 10 bilhões e citado na Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. É o que mostra reportagem de Bernardo Mello Franco na edição desta quinta em O Globo. Segundo o relator da auditoria, ministro Valmir Campelo, os técnicos constataram "gravíssimos indícios de irregularidades" ao vistoriar a obra. Ele se disse preocupado com o "destoante incremento" nos gastos e afirmou que a operação da PF exige maior rigor na fiscalização da obra, que é uma das mais importantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entre os novos problemas, o relatório aponta um "impressionante aumento" de 1.278% nos gastos com a instalação de drenos fibroquímicos no terreno em que a refinaria será erguida. Só com esse item, o superfaturamento alcança a cifra de R$ 6,3 milhões. O metro do material estava orçado em R$ 12,45, mas foi vendido à Petrobras a R$ 18,40. O TCU abriu prazo de 15 dias para que a Petrobras e as empreiteiras Camargo Corrêa, Odebrecht, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia prestem explicações sobre os novos problemas. Apesar dos novos indícios apontados pelo TCU, a Petrobras negou nesta quarta que tenha havido qualquer superfaturamento na obra.
Do Jornal O Globo
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