Os danos causados pelas chuvas atingem 380 municípios em 13 estados, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira pela Sedec (Secretaria Nacional de Defesa Civil), do Ministério da Integração Nacional. Mais de 1,22 milhão de pessoas foram afetadas. Cerca de 200 mil ficaram desalojadas, 100 mil ficaram desabrigadas e 40 pessoas morreram em decorrência das chuvas em oito Estados. Os mais afetados são Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Amazonas, Pará e Santa Catarina. No Nordeste, o Maranhão, atualmente, é o Estado que tem o maior número de municípios atingidos. Na Região Norte, Amazonas possui o maior número de municípios atingidos, 46, com 44.096 pessoas desalojadas e 9.136 desabrigadas, segundo a Defesa Civil. Em Manaus as enchentes não são causadas por chuvas na cidade, mas pelas chuvas na nascente do Rio Negro, que provocaram a cheia. Hoje, o Rio Negro, em Manaus, registra nível de 29,3 metros, no ano passado, no mesmo dia, o nível estava em 27,58 metros. Mais de 1.380 casas estão alagadas, segundo a Defesa Civil municipal e o rio está subindo a uma média de dois centímetros por dia. A previsão do Serviço Geológico do Brasil é que o nível do rio chegue a 30 metros, se isso ocorrer, mais de três mil casas poderão ficar alagadas, segundo a Defesa Civil municipal. Em Manaus, para não ficar desabrigadas, as famílias constroem "marombas" (um assoalho de madeira sobre o piso da casa). A Defesa Civil municipal está distribuindo o kit madeira, para a construção desse assoalho, e construindo pontes e passarelas sobre ruas alagadas. No bairro da Glória, o mais afetado, há 720 casas alagadas. No total, foram atingidos 16 bairros, dez nas comunidades da zona rural. No Pará, 35 municípios estão sendo monitorados pela Defesa Civil estadual, dos quais 32 estão em situação de emergência. A maioria desses municípios está localizada na região oeste do estado. As enchentes começaram no final de março e atingiram cerca de 40 mil famílias. Há previsão de chuvas até o final do mês, mas a tendência é que elas diminuam.
Da Agência Brasil
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