quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aneel aprova regras de internet pela rede elétrica

A última e uma das principais regulamentações para a implantação da internet pela tomada - serviço chamado de Power Line Communications (PLC) - foi aprovada nesta terça-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ela prevê que as distribuidoras de energia terão que criar subsidiárias para poder explorar a transmissão de dados pelos fios da rede elétrica e deverão compartilhar os ganhos com os consumidores de eletricidade. Isso significa que a receita obtida com o aluguel da rede da distribuidora será considerada ganho de eficiência e, desta forma, repassada às contas de luz, na proporção de 90%. Somente 10% vão para os acionistas, o que causou reação negativa das empresas. O PLC consiste em transmitir Internet em alta velocidade (dados e voz em banda larga) pela rede de energia elétrica. Como utiliza uma infraestrutura já disponível, não necessita de obras e investimentos em uma edificação para ser implantada. A tecnologia poderá chegar às grandes cidades daqui 12 a 18 meses, segundo especialistas. E, diante da imensa rede elétrica do país, deverá agilizar e ajudar o esforço da inclusão digital feito pelo governo. O procedimento para os interessados em explorar o serviço de PLC agora será simples, ele deverá procurar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pedir a autorização. Isto poderá ser feito a partir da publicação das novas regras da Aneel. Combate aos 'gatos' A Aneel alega que a internet pela rede elétrica também poderá ser usada pelas distribuidoras para implantar os medidores eletrônicos de consumo. Eles estão sendo estudados pela Aneel e serão uma importante arma para as empresas combaterem os chamados "gatos" - roubo de energia é a maior fonte de perdas às companhias. A expectativa é que os medidores deverão se tornar obrigatórios. A decisão é a de que o repasse terá que ser feito nas revisões tarifárias das distribuidoras, que acontecem de forma diferenciada, dependendo dos contratos de concessão. No caso da Light e da Ampla, as distribuidoras que operam no Estado do Rio, os ganhos serão contabilizados a cada cinco anos.

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