Em seu discurso de celebração ao Dia da Democracia, o senador José Sarney abraçou a tese de que “a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas”. Segundo ele, questão “hoje discutida no mundo inteiro”. Afora a infelicidade da declaração - na essência e na oportunidade -, Sarney incorre em outros dois equívocos. Ponto um: só os países de regimes populistas e as ditaduras tratam os meios de comunicação como adversários. Ponto dois: só há conflito de legitimidade da representação naqueles em que as instituições exorbitam de suas funções constitucionais, abrem mão do exercício de suas prerrogativas ou fazem delas uso distorcido de forma a subverter o princípio do sistema representativo. Nesse desenho de substituição da defesa dos interesses dos representados pela submissão a conveniências outras é que se enquadra o Congresso ora presidido pelo senador José Sarney.
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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