terça-feira, 22 de abril de 2008

Senadores embolsam R$ 1,604 milhão em em menos de 3 meses

O Parlamento Brasileiro continua sendo, de longe, o mais caro do mundo ao contribuinte. Dados da Ong Transparência Brasil atestam: só 73 dos senadores da República que prestaram conta embolsaram R$ 1,604 milhão, somente entre os meses de fevereiro e abril deste ano. A maior fatia, R$ 621 mil, foi consumida na categoria que inclui transporte, alimentação, estadia e combustível. Seis senadores informaram gastos superiores a R$ 20 mil nesse item; Em “divulgação da atividade parlamentar” e “consultorias”, 54 senadores gastaram R$ 556 mil. Nesse item, três apresentaram despesas iguais ou superiores a R$ 30 mil. Em “aluguel de escritório político” foram quase R$ 430 mil. Sete senadores declararam despesas superiores a R$ 15 mil. Os dados foram divulgados pela Ong Transparência Brasil, a partir de um estudo intitulado “As verbas de gabinete no Senado”, em que analisa a prestação de contas dos senadores no que diz respeito ao uso das chamadas verbas “indenizatórias”. Após anos de resistência a demandas para a divulgação na Internet de informações sobre a atividade de seus integrantes, em 2008 o Senado finalmente começou a publicar dados sobre os recursos que seus parlamentares embolsam para correios, combustíveis, aluguel de escritório e outras despesas.
Contudo, o Senado, ao contrário da Câmara dos Deputados, ainda dificulta o acesso a informação sobre a presença dos senadores ao trabalho, sobre gastos com viagens dos parlamentares e sobre despesas com vencimentos dos “assessores”. O estudo “As verbas de gabinete no Senado” leva em conta os dados verificáveis em 15 de abril de 2008. Essas informações, entre outros dados, como processos na Justiça e financiamento eleitoral, podem ser consultadas no Excelências, projeto da Transparência Brasil.

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