domingo, 4 de maio de 2008

14 anos sem Ayrton Sena

No Brasil, ficou marcado como um dos dias mais tristes na memória coletiva do país. Na Fórmula 1, ficou gravada como a página mais negra de um desporto que já vira desaparecer outros grandes de forma trágica, como Gilles Villeneuve. A 1 de Maio de 1994, Tamburello transformou-se em curva maldita no destino de Ayrton Senna da Silva, o mais carismático piloto da história da Fórmula 1. Ontem, cumpriram-se 14 anos após a sua morte no Grande Prémio de San Marino. Depois de duas desistências consecutivas nas primeiras provas desse Mundial de 1994, no qual se estreava ao volante de um Williams, Ayrton Senna liderava o Grande Prémio de San Marino à entrada da 8.ª volta. Um Grande Prémio já pintado de tragédia, com a morte do austríaco Roland Ratzenberger nos treinos Ayrton Senna entrou na curva Tamburello a quase 300 km/hora e seguiu em linha reta, até bater violentamente no muro. As imagens posteriores deixaram todo o mundo de respiração suspensa. O corpo de Senna inerte, ao lado do carro, com médicos e assistentes, em vão, a tentar a reanimação do brasileiro. E assim foi durante intermináveis 17 minutos, até o féretro (já o era, sabe-se hoje) de Senna ser transportado de helicóptero para o hospital de Bolonha, onde a sua morte seria confirmada horas depois. O mais popular campeão de sempre da Fórmula 1 desaparecia assim, perante milhões de espectadores. A lenda , essa, permanece imortal.Senna revolucionou o mundo da F1, ganhou três títulos mundiais, bateu recordes atrás de recordes e, sobretudo, deixou um carisma difícil de igualar. "Ayrton tinha um carisma que Schumacher não foi capaz de transmitir", registou Bernie Ecclestone, patrão da F1, após o abandono do heptacampeão Michael Schumacher, o piloto que viria a superar a maioria dos registos de Senna, em 2007.O Brasil perdeu um dos maiores mitos de sua história. Dentro de um cockpit, vestindo macacão, luvas, sapatilhas e um capacete amarelo com listras verdes e azuis, o Herói das manhãs de domingo mostrou ao mundo que a nação não era apenas o país do futebol. Nascido em São Paulo, no dia 21 de março de 1960, Ayrton Senna da Silva se tornou uma lenda com sua determinação em busca da vitória. Uma de suas celebres frases, Senna enfatiza essa obsessão pelo primeiro lugar: "Chegar em segundo lugar é ser o primeiro dos últimos". Além da garra em busca do lugar mais alto do pódio, o corintiano que possuía em seu nome o sobrenome mais popular do país, encantou o mundo com suas ultrapassagens, com um carisma de um herói de histórias em quadrinhos, e claro, com um amor à sua pátria ainda não visto em um esportista brasileiro. Senna disputou, em 10 anos de carreira, 162 Grandes Prêmios conquistou 41 vitórias, 80 pódios e 65 pole positions. Após sua morte, nenhum outro piloto da categoria perdeu a vida em um Grande Prêmio.

Do Site NoticiaNaHora

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