sábado, 28 de junho de 2008

Roubo no PAC beneficiava muitos políticos, diz PF

A Polícia Federal (PF) levantou os nomes de pelo menos mais dois parlamentares e de diversos outros políticos, com direito a foro especial, envolvidos com a quadrilha que desviava recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), desmantelada na semana passada pela Operação João de Barro. Até agora, só haviam sido levantados indícios contra os deputados mineiros Ademir Camilo (PDT) e João Magalhães (PMDB), cujos gabinetes foram alvo de buscas e apreensões. Entre os investigados estão também 30 prefeitos, quase todos de Minas Gerais. Segundo as investigações da PF, três grupos de lobistas atuavam com desenvoltura na aprovação de projetos e liberação de recursos do PAC em favor de empresas da quadrilha. O principal deles era comandado por João Carlos de Carvalho, de Belo Horizonte, em torno do qual gravitavam outros subgrupos. Outro lobista muito ativo, conforme as investigações da PF, era José Alcino Scarassati, assessor especial e braço direito do ministro das Cidades, Márcio Fortes, que o demitiu depois que o escândalo veio a público. Alcino, segundo apurou a PF, atuava em favor de vários grupos, mas beneficiou também o filho, o estudante André Scarassati, de 26 anos, com um contrato de R$ 5,5 milhões para construir 255 casas populares em Palmas (TO).


Da Tribuna da Imprensa

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