quinta-feira, 31 de julho de 2008

Força Nacional não será enviada de imediato para eleições no Rio

Uma reunião ontem dia 30, dos presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Ayres Britto, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), Roberto Wider, do ministro da Justiça, Tarso Genro, e do diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, descartou o envio imediato de tropas da Força Nacional de Segurança para atuar no processo eleitoral no Rio de Janeiro. Foi homologado o grupo de trabalho criado nessa terça-feira (29) entre as polícias civis e militares com o reforço da Polícia Federal, que irá aumentar o efetivo na cidade. A possibilidade do envio da Força Nacional de Segurança e até das Forças Armadas foi levantada depois que jornalistas foram ameaçados na Vila Cruzeiro em evento de campanha do candidato Marcelo Crivella (PRB). Uma nova reunião será realizada no dia 11 de agosto para debater a necessidade de reforço na segurança. Por enquanto, apenas será ampliado o efetivo da PF, sobretudo na área de inteligência.O presidente do TSE não descarta o envio de outras forças de segurança caso se faça necessário. “Esta pronta-resposta tem efeito pedagógico de dizer aos fora da lei, às milícias, ao narcotráfico, que certamente, juntos, a justiça eleitoral, a justiça dos estados, a polícia federal, a polícia estadual e se necessário até as Forças Armadas serão usadas se de fato for necessário”, disse Britto. O ministro Tarso Genro fez questão de ressaltar que a Polícia Federal vai ter um papel de destaque no combate a criminalidade no período eleitoral. “A Polícia Federal está totalmente à disposição, qualquer tipo de operação e de trabalho de inteligência da Polícia Federal será feito para continuar garantindo o direito democrático das eleições”. Tarso destacou que o ministério poderá enviar num momento posterior outras tropas para a cidade. “A própria Polícia Rodoviária Federal, dentro de suas atribuições, pode vir a ajudar. Houve o entendimento de que a Força Nacional não é necessária neste primeiro momento porque foi feito um programa de trabalho com prazo curto”, observou. O presidente do TSE destacou que o principal papel da Justiça Eleitoral será levar aos eleitores de comunidades que vivem sobre pressão do tráfico e das milícias que seu direito de escolha está preservado pela inviolabilidade da urna eletrônica. "É preciso salvaguardar as comunidades do Rio de Janeiro que estão sendo coagidas e ameaçadas que se sintam livres para votar porque a urna eletrônica é segura e inviolável”, disse Britto.

Do Portal G1

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