Em sua primeira aparição pública desde a operação Pecado Capital, do Ministério Público do Estado do Rio, que prendeu vários de seus ex-auxiliares, o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB) disse hoje que ele e sua mulher, a ex-governadora Rosinha Matheus, não têm responsabilidade sobre o desvio de quase R$ 70 milhões de reais de recursos da Saúde descobertos pela investigação. Garotinho e Rosinha foram denunciados em um processo cível relativo ao caso. O Ministério Público suspeita que o dinheiro foi usado em campanhas políticas. O ex-governador referiu-se ao ofício de número 989, assinado por ele em junho de 2005, quando ocupava a secretaria de Governo da mulher. Nele, em nome da governadora, Garotinho determina a suspensão do convênio entre o governo estadual e a ONG Centro Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania (CBDDC), firmado irregularmente com dispensa de licitação. No mesmo documento, pede a suspensão de contratos semelhantes.
No entanto, para o MP, essa ordem serviu apenas para abrir caminho para o contrato da Pro-Cefet que resultou no desvio dos recursos. Em substituição à CBDDC, a ONG recebeu R$ 234 milhões.
Da Agência Estado
terça-feira, 22 de julho de 2008
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