O deputado estadual Natalino José Guimarães (DEM) foi preso em flagrante na própria casa, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio, após troca de tiros entre a polícia e uma suposta quadrilha ligada ao parlamentar no final da noite desta segunda-feira (21). O deputado diz que é "inocente" e que sofre "perseguição política". Ex-policial civil, expulso da corporação há cerca de duas semanas, Natalino é acusado de ser o chefe de uma milícia que controlaria favelas da Zona Oeste do Rio e é investigada por homicídios na região. O deputado já foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) por formação de quadrilha, mas, beneficiado pela imunidade parlamentar, responde ao processo em liberdade. O irmão do deputado, o vereador Jerônimo Guimarães Filho, o "Jerominho" (PMDB), está preso acusado de também ser um dos chefes do grupo. Mais de 100 policiais civis foram deslocados para investigar uma reunião da suposta quadrilha na casa do deputado na noite desta segunda (21). Mas houve troca de tiros com cerca de 15 homens, segundo o delegado Marcus Neves, um dos responsáveis pela operação. No tiroteio, Fábio Pereira de Oliveira, conhecido por "Fabinho Gordo", ficou ferido e foi levado para um hospital da região. Alguns integrantes do grupo que estava na casa conseguiram fugir. Além de Natalino e "Fabinho Gordo", foram presos outros quatro suspeitos de pertencerem à milícia: dois policiais militares, um agente penitenciário e um segurança do parlamentar. Segundo o delegado Marcus Neves, Natalino e os cinco suspeitos foram presos em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma, tentativa de homicídio, favorecimento pessoal e formação de quadrilha armada. A reação armada dos suspeitos surpreendeu a polícia. "Eu fui exposto a esse tiroteio", disse o delegado Marcus Neves ao G1. A polícia explica que encontrou com o grupo diversas armas, incluindo um fuzil AR-15 e duas escopetas calibre 12. Seis carros, incluindo uma Toyota Hilux e um Audi A3, também foram apreendidos. O deputado Natalino (DEM) argumentou em entrevista à TV Globo que é "inocente" e acusou a polícia de ter "forjado provas arbitrariamente". O parlamentar alega que está sofrendo uma "perseguição política" e se defende das acusações se qualificando como um "pai de família".
Do G1
terça-feira, 22 de julho de 2008
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