A juíza Tatiane Moreira Lima Wickihalder, da 1ª Vara Judicial de Francisco Morato, na Grande São Paulo, decretou nesta sexta-feira (12) a prisão de nove supostos integrantes de um grupo criminoso que age a partir dos presídios paulistas. O Supremo Tribunal Federal (STF) havia concedido habeas corpus aos nove porque, depois de quatro anos da prisão, eles nem sequer foram ouvidos pela Justiça. Os suspeitos não chegaram a ser colocados em liberdade. O novo pedido feito pelo Ministério Público e analisado pela Justiça nesta sexta-feira (12) é de prisão preventiva – até a decisão do STF, eles ainda estavam em prisão em flagrante. “Não se trata de questionar o excesso de prazo devidamente reconhecido pelo STF, uma vez que os réus encontram-se detidos pela prisão em flagrante. Contudo, superada a questão do excesso de prazo da prisão em flagrante, nesse momento se analisam os requisitos da prisão preventiva, que até o presente não haviam sido considerados”, disse a juíza na decisão. O grupo, segundo a polícia, planejou a invasão do presídio de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, em 2004, para libertar quase 1.300 presos. Na decisão, a juíza também diz que a prisão é necessária “para a manutenção da ordem pública, devido à alta periculosidade dos acusados”. O fórum de Francisco Morato, encravado em um dos municípios mais violentos da Grande São Paulo, deveria ter recebido os dez presos acusados de pertencer a facções criminosas, tramar a invasão de presídios e a libertação de bandidos.Quando foi preso em julho de 2004, o grupo estava fortemente armado e tinha uma planta da prisão que planejava invadir. Houve tiroteio e dois policiais saíram feridos. Durante quatro anos, o processo ficou parado no fórum. Mês após mês, as audiências foram canceladas porque não havia segurança suficiente para que os presos fossem levados ao fórum. A juíza Adriana Costa não trabalha mais em Francisco Morato e não quis gravar entrevista. Durante o tempo em que esteve à frente do processo, ela lembra que teve canceladas diversas audiências por falta de escolta. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública diz que possui dois mil policiais exclusivamente para este trabalho e que o caso será apurado.
Do Portal G1
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