O projeto de lei ainda nem foi sancionado pelo governo, mas a ideia de proibir o uso de shorts em uniformes em postos de gasolina vem dividindo as frentistas no Rio. A Assembleia Legislativa do estado aprovou o documento na última quinta-feira (18), incluindo qualquer outro tipo de uniforme que possa expor o corpo de funcionários em estabelecimentos comerciais. “O ruim é que chama muita atenção, a gente fica visada e até malvista . A calça dá mais respeito, não expõe tanto a gente”, apoia a frentista Vanessa dos Santos, de 24 anos. Apesar do uniforme de lycra e short, o gerente também afirma ser a favor da lei. “O movimento vai cair, mas acho a iniciativa válida. Tem cliente que vem, coloca só R$ 10 ou R$ 5 de gasolina e quer mesmo é ver as meninas”, diz Bruno Ailson, 28. “Acho melhor do que ter que usar saia. A calça deixa a gente mais à vontade. Quando venho de calça tem logo um que pergunta: ‘cadê a sainha?’”, lembra a frentista Isabela Rodrigues, de 25 anos. “O ideal é que pudesse ter as duas coisas. A diferença está na postura da frentista”, pondera a colega de profissão Fernanda Santana, 31. “Aqui no posto é opcional, a gente escolhe se quer colocar calça ou short. Mas no verão, vamos sofrer com o calor, porque o tecido é muito grosso. Mas, no dia a dia, acho que não vai ter muita diferença, conversa inconveniente de cliente sempre vai ter, de qualquer jeito”, diz a frentista Josiane Lima, de 30 anos, que usa um short-saia como uniforme. No posto onde trabalha Adriana Cristina, de 21 anos, os shorts já foram abolidos antes mesmo da aprovação da lei. Mas ela sente falta. “Aqui não pode calça de lycra nem short porque as clientes mulheres estavam reclamando. Mas calça jeans também é complicado. A gente aqui lava carro e a calça fica úmida o resto do dia, quando molha”, conta ela. De autoria dos deputados Geraldo Moreira (PMN) e Inês Pandeló (PT), o projeto de lei proíbe, ainda, o uso de maiôs, sungas, biquínis, calções de banho e similares. “Vários estabelecimentos, principalmente postos de gasolinas, têm a prática de impor às suas funcionárias a utilização de uniformes com o objetivo expor o corpo", explica a deputada. Segundo ela, a proibição vale também para homens e o governador terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto. De acordo com a Alerj, em caso de descumprimento da lei, será cobrada multa de mil Ufirs por funcionário. Em caso de reincidência, a multa poderá triplicar.
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