 Polícia apreende munição de fuzil em Foz do Iguaçu

A Polícia Civil de Pernambuco já entrou em contato com a Polícia do Rio Grande do Norte para auxiliar nas buscas do quarto homem apontado como integrante de uma quadrilha que promovia roubos e estupros no Recife, especialmente no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da cidade, e no Estado da Paraíba. Identificado como Vandame, o suspeito foi citado pelos comparsas, presos em flagrante no último sábado (1º), na Zona Sul da cidade. Os três suspeitos já detidos pela polícia pernambucana foram apresentados na manhã desta segunda-feira (3). O técnico em enfermagem Solon Henrique Costa Milanez, 33 anos, seria o autor dos estupros e líder do grupo. Ele atuava com outros três homens e costumava atrair as vítimas para flats e apartamentos alugados em bairros de classe alta. Além de roubar, Solon teria estuprado pelo menos duas das quatro vítimas. O último caso aconteceu na Praia de Tambaú, área nobre de João Pessoa, capital da Paraíba, na noite de sexta-feira. Três das vítimas reconheceram o suspeito, preso em flagrante com os comparsas no sábado, em Boa Viagem e no Ipsep. A polícia acredita que Solon e um dos comparsas se preparavam para atacar a quinta vítima. No carro em que estavam, havia corda, fita adesiva e faca. De acordo com o delegado responsável pelas prisões, João Gustavo Godoy Ferraz, que há dez dias assumiu a Delegacia de Boa Viagem, a quadrilha costumava atrair as vítimas para os imóveis que alugava. “Ele escolhia as vendedoras e fazia com que elas fossem mostrar os produtos que comercializavam nos flats e apartamentos alugados por apenas um dia. Quando chegavam, eram rendidas, amarradas e ameaçadas. Roubava o que possuíam, fazendo saques em caixas eletrônicos, e depois as soltava”, contou. A vítima da Paraíba, inclusive, teria sido sedada com uma injeção contendo medicamentos. De acordo com a polícia, o técnico em enfermagem atuava com o taxista Jairo José de Melo, 32, que o ajudava a fugir e a sacar dinheiro das vítimas, o ex-presidiário Gustavo da Cunha, 32, que tomava conta das mulheres durante o seqüestro, e Vandame, que ainda está foragido. As vítimas tinham sempre o mesmo perfil: vendedoras que trabalham com perfumes, produtos de emagrecimento, telefonia ou outros serviços. Todas entre 25 e 30 anos. “Gostaria de ressaltar a coragem dessas mulheres. Se elas não tivessem superado o trauma de serem vítimas de tanta violência não chegaríamos ao grupo”, disse o delegado. Os crimes foram praticados nos dias 17 de setembro, 15, 22 e 31 de outubro deste ano.

Do JC Online