segunda-feira, 27 de abril de 2009

Audiência pública cobrará aprovação de PEC da Caatinga

A Mata Branca – de acordo com a língua Tupi – ou simplesmente a Caatinga, será tema da Câmara Federal na pauta desta semana. É que será realizada uma audiência pública na próxima terça-feira (28), às 14h, para discutir sobre a caatinga, que é o único bioma exclusivamente brasileiro e, portanto, raro em qualquer outro país. Na verdade, trata-se de um evento realizado para comemorar o dia nacional da caatinga. A reunião, que contará com a presença do presidente da Casa, Michel Temer, tem entre suas principais preocupações garantir a mobilização dos parlamentares no tocante à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que transforma este ecossistema em Patrimônio Nacional de Combate à Desertificação. “A caatinga sempre representou a sobrevivência de grande parte da Região Nordeste. São 28 milhões de pessoas que sempre dependeram do bioma para sobreviver. Esse debate envolve questões ambientais para a região. Há uma importância cultural. E a nossa intenção é mobilizar os parlamentares da bancada nordestina para garantir a aprovação da PEC”, explicitou o coordenador do Núcleo do Bioma Caatinga, João Arthur Seyffarth, fazendo referência ao autor da proposta, deputado Pedro Wilson (PT-GO). Para ele, os temas relevantes da audiência serão o monitoramento do desmatamento, a fiscalização do bioma e o desenvolvimento sustentável. “Tem muita pulverização hoje. Existe uma ideia de que a caatinga é uma região que não se desenvolveu. O bioma é muito desconhecido, tanto do ponto de vista científico como do conhecimento público geral”, lamentou. O bioma brasileiro ocupa 11% do país - 844.000 km² -, sendo o mais biodiverso dos biomas semi-áridos do mundo, onde vivem 28 milhões de pessoas que dependem dele, como colocou o coordenador João Arthur, para garantir sua cultura e desenvolvimento. Dentro do território nacional, a caatinga engloba de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte do Norte de Minas Gerais (Sudeste do Brasil).


Da Folha de Pernambuco

Nenhum comentário: