sábado, 6 de junho de 2009

Aeronáutica admite desconhecer localização de peças do Airbus

A Aeronáutica informou na noite desta sexta-feira (5) que perdeu a localização de possíveis destroços do Airbus da Air France, que desapareceu no último domingo com 228 pessoas a bordo. Segundo o diretor do Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), brigadeiro Ramon Borges Cardoso, algumas peças já podem ter afundado. "Além dos pedaços serem pequenos e da área ser muito grande, alguns desses destroços que estavam flutuando nos primeiros dias podem ter submergido", afirmou.Segundo ele, a partir deste sábado, os militares se dirigirão para outros pontos identificados pelos radares ou com base nas áreas calculadas levando em conta as correntes marítimas, cuja direção e velocidade mudaram um pouco. "O que estamos fazendo agora, já que é possível fazer uma busca com mais calma, é avaliar antes de retirar o material da água se é lixo ou destroço".Cardoso voltou a destacar que as peças não foram recolhidas imediatamente porque a prioridade era procurar sobreviventes ou corpos de vítimas."Quando localizava alguma coisa, então, colocava uma aeronave para verificar. Em seguida, abandonavam, para não perder tempo, porque poderia ter sobrevivente", destacou.Entre as peças que não foram mais localizadas estão uma possível parte da fuselagem do Air France, medindo sete metros e anunciada como encontrada na última quarta-feira.O diretor considera ínfima a probabilidade de encontrar sobreviventes. "As chances de encontrar são muito pequenas. É muito difícil que se encontre algum sobrevivente, tendo em vista o acidente e o tempo decorrido depois dele".Mais cedo, o tenente havia informado que o mau tempo na região onde supostamente caiu o avião prejudicava os trabalhos de buscas. Apesar da situação meteorológica ruim, todas as aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) usadas nos trabalhos de visualização de partes do avião decolaram hoje e foram deslocadas para cinco áreas distintas, na região do arquipélago de São Pedro e São Paulo. Na terça-feira, o Ministério da Defesa brasileiro confirmou o acidente, com base em destroços encontrados próximo à costa do País. Porém, ontem, a Aeronáutica afirmou que os fragmentos que já foram resgatados do mar durante as buscas não pertencem ao avião desaparecido.Inicialmente, as buscas são feitas por aeronaves. Num segundo momento, navios da Marinha são acionados para fazer o recolhimento dos materiais até a base montada no arquipélago de Fernando de Noronha. De lá, os objetos seguem para Recife (PE), onde ficarão à disposição das autoridades francesas, responsáveis pelas investigações.

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