Em seu aniversário de 40 anos, a Embraer se prepara para enfrentar um mercado de aviação cada vez mais difícil. Apesar de a previsão da empresa ser otimista quando se fala nos próximos 20 anos, executivos se mostram mais cautelosos sobre as perspectivas a curto prazo. "Ainda é cedo para dizer. As vendas estão num ritmo muito baixo. Estamos preocupados com o caixa e não houve retomada dos segmentos comercial e executivo, que puxaram o crescimento nos últimos anos. Não há nada para celebrar em se falando de novas demandas", disse o vice-presidente de relações com investidores da Embraer, Luiz Carlos Aguiar, no final de julho, quando a Embraer divulgou seu resultado no segundo trimestre. Para o presidente da Embraer, Frederico Curado, o cenário negativo pode já ter atingido o "fundo do poço". Entretanto, a situação deve se manter neste nível até 2011, segundo afirmou o executivo em entrevista no final de maio. “Talvez a coisa tenha parado de piorar. A situação se estabilizou um pouco. Pararam os cancelamentos em massa. Mas as vendas seguem muito fracas”, disse ele. A empresa teve lucro líquido de R$ 466,9 milhões de abril a junho deste ano, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período de 2008 e um resultado influenciado positivamente pela desvalorização do real ante o dólar. A Embraer entregou 56 aeronaves no trimestre, ante 52 entregues de abril a junho de 2008. Mas Aguiar alertou que há uma tendência de redução da carteira de pedidos da Embraer até o final do ano. As empresas de aviação trabalham com pedidos feitos pelas empresas aéreas; os aviões são construídos e entregues geralmente alguns anos depois.
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