O que já se configura como um prejuízo para a Câmara de Vereadores do Recife, sobretudo no que tange à disputa municipal de outubro, poderá ganhar proporções ainda maiores. Isso porque o escândalo que revelou a apresentação de notas fiscais falsas para justificar o mau uso das verbas de gabinete da Casa poderá ser apenas “a ponta de um iceberg”. Ontem, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) chegou a confirmar que poderá aplicar uma auditoria especial semelhante para verificar as prestações de contas dos anos de 2006 e 2007, em sua plenitude. O relatório de três mil páginas, que hoje está sob o poder do TCE, é referente apenas a dez meses de contas do Legislativo Municipal - de maio a julho de 2006, e janeiro a julho, e setembro de 2007. Na amostragem de irregularidades do relatório, contam nada menos do que 553 notas fiscais indôneas, cujos erros vão desde a clonagem a estabelecimentos inexistentes e com endereços não confirmados. E o valor utilizado de maneira fraudulenta por 26 vereadores foi calculado em R$ 976.492,12.
Da Folha de Pernambuco
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