quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ciúmes não é manifestação de amor’, diz psiquiatra

Gerou polêmica e virou assunto de polícia a briga dos atores - e agora ex-noivos - Dado Dolabella e Luana Piovani. O episódio trouxe à tona o debate sobre um tema tão antigo quanto o amor: o ciúme. Para o psiquiatra e psicoterapeuta Eduardo Ferreira-Santos, que já escreveu dois livros sobre o assunto, amor e ciúme não podem andar juntos: “Ciúmes não é manifestação de amor”, disse. Ele explica que a base do ciúme está na estrutura psicológica da pessoa. O ciumento sente necessidade do outro como se o outro fosse parte dele: “Ciúme é uma dor e é comum, embora não seja saudável. É um sinal de que há alguma coisa errada na estrutura da pessoa”. Os estágios do ciúme Para o médico, há quatro graus de ciúmes: 1 – Zeloso: “É um estágio em que o sentimento ainda pode ser considerado saudável, pois há o cuidado e a preocupação com o bem estar do outro. Ao falar da roupa ou do comportamento do outro, a pessoa visa o bem do parceiro”. 2 – Enciumado: “É quem não é habitualmente ciumento, mas, na vigência de uma situação em que se vê ameaçado, sente medo de perder e entra em competição com um terceiro. Por exemplo, em uma festa, quando a pessoa se sente em desvantagem com relação à outra. Mas é um fato isolado”. 3 – Ciumento: “É o mais clássico. Não precisa de motivo nenhum para estar sempre desconfiado, imaginando que o outro pode o estar traindo. É um traço da personalidade da pessoa, que vive com medo, vasculha bolsa, celular, reclama de roupa, ou seja, vive sofrendo e com medo de perder o parceiro”. 4 – Doente: “O comportamento, aqui, se dá através de uma doença neurológica, causada, por exemplo, por álcool ou um tumor. Nesse caso, a fantasia se torna um delírio e a pessoa tem certeza de um fato que não é realidade. É o verdadeiro ciúme patológico”.

Do Portal G1

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