quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Países ricos querem ajuda dos pobres para sair da crise

Depois de ter sido a origem da pior crise dos últimos 70 anos, os países ricos agora apelam para as economias emergentes para que ajudem a salvar o sistema. A proposta do primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, é de convencer os países exportadores de petróleo do Golfo Pérsico e a China a dedicarem parte de suas reservas ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para a criação de um fundo de resgate global à economias ameaçadas de falência.
O FMI anunciou que teria disponível US$ 250 bilhões para ajudar países ameaçados. Só na Europa, já são quatro que receberão dinheiro, entre eles a Islândia e Hungria. Mas Brown acha que esse dinheiro não é suficiente e quer o apoio de Alemanha e França para convencer os governos de economias emergentes a fazerem sua parte. Para justificar seu apelo, Brown estima que há um perigo cada vez maior de que as economias emergentes sejam atingidas pela crise.
Há apenas duas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em Madri, que os bancos nos países ricos haviam transformado o sistema financeiro em uma "jogatina". Para Brown, agora é a vez de todos colaborarem. "Está claro que toda a comunidade internacional deve ter um interesse em parar essa crise para prevenir uma piora da desaceleração da economia global", afirmou Brown, que pediu para que não se adiem decisões.

Da Tribuna da Imprensa

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