A venda de trabalhos escolares que dão direito a um diploma universitário pode caracterizar crime de quem faz o trabalho e de quem compra o material. Na internet, anúncios oferecem monografias feitas por mestres e doutores atuantes na vida acadêmica, e garantem sigilo absoluto. As empresas afirmam ainda que a aprovação do trabalho é garantida, mas cobram caro. Uma pedagoga vende os trabalhos que ela própria apresentou na faculdade. Em uma universidade de São Paulo, no entanto, os professores estão apertando o cerco contra os trabalhos clonados. “Os plágios que nós tivemos e foram confirmados acarretaram as reprovações dos alunos”, diz Ana Claudia Andreucci, coordenadora de trabalhos de graduação. Uma das ferramentas que os professores usam para identificar trabalhos comprados é um programa de computador, desenvolvido por um pesquisador de Santa Catarina. “O software vai fazer pesquisa na internet em alguns sites de busca pelos fragmentos sequenciais do texto que o aluno apresentou como seu e vai verificar se esses textos existem também na internet”, afirma Maximiliano Pezzin. Segundo o advogado criminalista Antônio Gonçalves, quem vende monografias comete crime de falsidade material. E quem compra, falsidade material e ideológica. “A falsidade ideológica é quando você diz que o trabalho é seu e não é, então você compra uma ideia como sua. E a material é a entrega do produto que não é seu”, diz. Para o professor de jornalismo Vanderlei Dias de Souza, mesmo que o crime não seja descoberto, esse é um jeito torto de começar a carreira. “Se você faz isso aqui, o que você não fará no mercado de trabalho, onde a disputa é bem maior”.
Do Portal G1
sábado, 28 de março de 2009
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