terça-feira, 3 de junho de 2008
Preço da cesta básica registra aumento em 14 das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese
O preço da cesta básica continua em alta em 14 das 16 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no mês de maio. Apenas Goiânia (-1,19%) e Salvador (-0,35%) apresentaram queda no preço da cesta básica no mês passado. As maiores altas foram registradas no Recife (14,19%), em Natal (8,91%) e em Florianópolis (7,61%).A alta no preço da cesta pode ser explicada pelo aumento no preço dos alimentos. Já o aumento no preço dos alimentos se deve, sobretudo, aos fatores climáticos, às pressões do mercado internacional e à alta no preço dos insumos derivados do petróleo. A carne, por exemplo, só não teve aumento em Brasília (-2,22%).O arroz também é outro produto da cesta que teve aumento em 15 capitais, com exceção do Rio de Janeiro, onde registrou uma pequena queda (-0,45%). O Dieese acredita que o aumento do preço do arroz tenha sido provocado pelo anúncio da escassez mundial de grãos, o que levou os produtores a reterem o cereal e provocou especulação no comércio intermediário. Mas a expectativa é de que o preço do produto caia nos próximos meses.A cesta básica mais cara do país é a de Porto Alegre. Na capital do Rio Grande do Sul, a cesta custou, em maio, cerca de R$ 236,58, seguida pela de São Paulo (R$ 233,92) e Belo Horizonte (R$ 230,55).Ainda segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, o acumulado nos últimos 12 meses superou o patamar de 20% em todas as capitais, enquanto o salário mínimo subiu, em março, 9,21%. A maior alta foi registrada no Recife (46,55%) e a menor em Porto Alegre (22,64%).A pesquisa do Dieese também avaliou que o salário mínimo ideal para o período, considerando-se as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 1.987,51, o que corresponde a 4,79 vezes o piso do salário mínimo atual (R$ 415). Para poder adquirir a cesta básica em maio, o trabalhador brasileiro teve que trabalhar, em média, 111 horas e 08 minutos.
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